Um milagre real
Vive preso e vago em minha lembrança
Tenso e real fato envolto em dissabor
Perdura intacto trauma de minha infância
Emoldurado ao âmago insta essa dor
Jocoso ato torna o lapso periclitante
Ingênuo primo posto alvo em desaviso
Sombrio provoca a arma riste o levante
Disparo infame em disparate improviso
Horror em breu me impacta tola euforia
Imaginar-te inerte e frio em desalento
Imagem turva-me o nefasto pensamento
Porém defeso por celeste anjo atento
Alterando o nexo de inexato movimento
Livrou repulso inferno que me habitaria!
(Obrigado, meu anjo da guarda!)