IMPÉRIO DE AMOR
IMPÉRIO DE AMOR
Chorei anos enfurnado na solitude
Tão acres lágrimas, sobressaltos, castigos,
Insones os olhos, sem mulher; os amigos,
Secam águas para não dar vez a paludes.
Mas hoje estou feliz. Nem fingir eu consigo
tem vez que esboço a mais infantil atitude
lamentar-me tanto por que, como é que pude?
Hoje o fado mostrou-me a musa em doce abrigo.
Nunca mais engodos, enigmas ou mistérios.
Construiremos de amor nosso grande império,
onde essa mulher será a eterna imperatriz.
Assim espero e peço a Deus graça e saúde,
a fim de unirmos nossa idosa juventude
e em pleno amor, viver uma vida feliz.
Afonso Martini
300311