No Meu Mundo
Tomado de fúria e ânsia brutais,
Cravado entre paredes de agonia,
Fadado a viver em letargia,
Atirado ao poço dos mortais.
Criado em trevas patrimoniais,
Lapidado às mãos da Ironia,
Soldado intrépido da dinastia,
Chafurdado em lama, e em muito mais.
Eis a hora em que me apresento!
Não pretendo, porém, causar-vos dor,
E também não digo que não o farei!
Sou o algoz da alegria, mas ostento
Minha posição ante vosso horror
Quando revelo que, aqui, sou rei!
Obs: este é meu 100º soneto. espero alcançar a marca dos mil!