Centelha

Fale-me de amor, em qualquer tom,

Dê-me o sabor de teus sentidos

Deixe inebriados meus ouvidos

E, dentro dos meus sonhos, seu gosto bom.

Corra a me contar desejos ridos

Pelo medo a lhe tomar em alto som

Tentando lhe impedir o doce dom

De me fazer tremer, ao ter seus beijos, tão queridos.

Fale-me de amor a qualquer hora

Mesmo que acredite já ser tarde

E ter meu coração te esquecido

Mesmo estando o amor esmaecido

Nele uma fagulha ainda arde

E sempre há de surgir, nele, uma aurora.