INFINITO
Então eu quis negar do cosmo a infinitude
E, numa direção qualquer que escolhi,
Atirei-me célere qual um raio e ali
Perpetuei a nave quanto tempo pude.
Foram milênios, milênios, eternidade!
No rumo que tomei, na trilha inicial,
Em busca de alcançar aquele ponto, o qual
Decerto me abriria as portas da Verdade.
Assim deixando atrás toda matéria, adentro
No Nada Absoluto e agora em ânsias tento
Chegar ao ponto extremo onde tem limite.
Só então percebo, pasmo (Oh, quanta ironia!),
Havia mais espaço, e eu é que o fazia,
Pois que infinita chance de fazê-lo existe.