INFINITO

Então eu quis negar do cosmo a infinitude

E, numa direção qualquer que escolhi,

Atirei-me célere qual um raio e ali

Perpetuei a nave quanto tempo pude.

Foram milênios, milênios, eternidade!

No rumo que tomei, na trilha inicial,

Em busca de alcançar aquele ponto, o qual

Decerto me abriria as portas da Verdade.

Assim deixando atrás toda matéria, adentro

No Nada Absoluto e agora em ânsias tento

Chegar ao ponto extremo onde tem limite.

Só então percebo, pasmo (Oh, quanta ironia!),

Havia mais espaço, e eu é que o fazia,

Pois que infinita chance de fazê-lo existe.

Gerson Silvestre
Enviado por Gerson Silvestre em 29/03/2011
Reeditado em 19/09/2022
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