Nesse dia...
Que o alento de minhas palavras
Não fossem tão doces quanto o desencontro
Como as candeias fúnebres do meu espanto
Foram tão tristes quanto minhas mágoas
Vagueando, alma sem sorte
Latindo à minha procura, sempre persistente
Preferires por vezes à morte
Em seu canto apenas renitente
Calando-se na perturbação de tua culpa
Contraindo-se no atirar das catapultas
Mediante a frauta triste da solidão
(Por fim)
Quando buscares de minha boca, o conforto
Terás dormida, banho quente,
E veneno em tua água de côco...
Graciliano Tolentino
Verão de 2008 pra 2009