**Juneto** - Brasa - ( rima única)

Te escombras assim, da própria casa

Te assombras, então casulo, da traça

Te estroncas, o ópio em vida escassa

Te estrompas, narcótica pedra brasa

Te sinto, espectro d'um anjo sem asa

Te vejo semi-morto e trôpego, à caça

Te choro, sem pranto a lágrima passa

Te velo num tempo que nunca atrasa

Se ao fundo seus olhos te transpassa

Se enxergas, da vida, toda essa graça

Não sabes das paixões, a vida é farsa

Se não sabes que a limites ultrapassa

Se não sentes às drogas uma trapaça

Não existes, és moribundo sem força

Valdívio Correia Junior, 28/03/2011

Juninho Correia
Enviado por Juninho Correia em 28/03/2011
Reeditado em 28/01/2024
Código do texto: T2876301
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