Não sei quantos de mim existem?
Num instante sou pedra no outro ação
Metamorfose em mim a cada passo
Estranho perdido no descompasso
Um sonho surreal de peregrinação.
Resisto a cada acesso de loucura
Vida ao avesso no corpo sem alma
Morte que existe naquele sem calma
Segue a dor cruel que trará a sepultura.
Tento deixar a dor de amor lá fora
Numa fonte que secou há séculos
Residem as esperanças e obstáculos.
No passo a seguir pista falsa agora
Na margem do Estige o sangue aflora
Amor imperfeito e seus vis tentáculos.