LUZ SERENA (Marco Aurelio Vieira) / AH! SE EU PUDERA! (Edir Pina de Barros, Flor do Cerrado)

Ah, se eu pudesse acalantar o meu enfado

nesses teus laços, no teu leito, tua trilha,

sorver a brisa que desliza no meu fado

de tão-somente imaginar-te a maravilha...

Ah, se eu pudesse abandonar-me em tua ilha

e desnudar-me em teu recanto encantado,

saltar ao sol que há em teu corpo, que rebrilha

e que me aquece e me arrebata extasiado...

Ah, se eu pudesse acarinhar-te o delicado

e nos meus mares conduzir a tua quilha,

voar bem alto como voa todo amado,

sugar-te a água, ir beber em tua bilha...

Mas a minha asa não alcança, ela é pequena,

o céu de estrelas em que moras, luz serena!

(Primeira publicação em 19 de outubro de 2010)

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Muito, muito, muito obrigado, Edir Pina de Barros, minha poetisa-flor, pela MARAVILHOSA interação. Que honra!!!

AH! SE EU PUDERA!

Ah! Se eu pudera ter-te agora junto a mim,

E acalantar com meus carinhos teu enfado,

E esvoaçar nos braços teus, ó meu amado,

Contigo iria aos céus do amor até o fim...

Quisera ter-te sem pudor, abandonado,

Entre os meus braços, meus lençóis de cor carmim!

Seria eu bem mais feliz se fora assim,

O meu viver seria mais iluminado...

Ah! Se eu pudera meu amado querubim

Roubar-te-ia, sem pensar, um beijo ousado,

E sonharia o sonho teu, o mais dourado!

Morrer-me-ia, sem pensar, por ti, enfim...

Mas tu a mim nem vês... Nem ouves meus clamores...

Enquanto aqui me morro pelos teus amores!

Eu sempre sonhei responder a um poema teu. Bjs, Edir

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 28/03/2011
Reeditado em 26/06/2011
Código do texto: T2875144
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