A UMA MULHER

A UMA MULHER

Trinta e oito anos já vi passar,

Desde aquele dia de Primavera,

Em que a vida, de graça me dera,

Uma rosa fresca para eu cuidar.

A essa flor que me quis acompanhar,

Eu dei tudo aquilo que pudera,

Mas mais dera, se meu o tivera,

Porque tudo fez para o ganhar.

Agora que já estou no fim da vida,

E se aproxima talvez a despedida,

Um só desejo mais acalento.

Que Deus nos dê saúde em paz,

E uma mente esclarecida e capaz,

Até ao ultimo e fatal momento.

Alberto Carvalheiras
Enviado por Alberto Carvalheiras em 10/11/2006
Código do texto: T287422