DESDOBRAMENTO
Libertado pelo sono e alma a descoberto,
No espaço etéreo ando qual sombra desterrada;
O véu da noite não norteia a caminhada
Nem sinaliza a me indicar o rumo certo...
Olhar perdido em meio a escuridão, incerto,
Penso enxergar uma mansão iluminada;
Apresso o passo na certeza da chegada,
Mas me perco na imensidão, semi-liberto...
Onde estás? - Minh! Alma grita - Onde te escondes?
Tua forma eu sinto, mas nada me respondes
E a luz da aurora tudo apaga em mil nuanças!
Mas a amarga angustia que da alma se apodera
É conselheira e diz ao bardo: - Persevera
Que a noite há de voltar com novas esperanças!
Moon River