DESDOBRAMENTO

Libertado pelo sono e alma a descoberto,

No espaço etéreo ando qual sombra desterrada;

O véu da noite não norteia a caminhada

Nem sinaliza a me indicar o rumo certo...

Olhar perdido em meio a escuridão, incerto,

Penso enxergar uma mansão iluminada;

Apresso o passo na certeza da chegada,

Mas me perco na imensidão, semi-liberto...

Onde estás? - Minh! Alma grita - Onde te escondes?

Tua forma eu sinto, mas nada me respondes

E a luz da aurora tudo apaga em mil nuanças!

Mas a amarga angustia que da alma se apodera

É conselheira e diz ao bardo: - Persevera

Que a noite há de voltar com novas esperanças!

Moon River

Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 27/03/2011
Reeditado em 25/07/2012
Código do texto: T2874209
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