A Espera
De tanto ser sozinho esperei em vão
Numa experiência que não deu certo
Com o cadáver nas costas incerto
Na causa perdida de um coração.
Afinal ser feliz para quê nesta vida?
Entendendo no próximo segundo
Não fazes falta ó sombra desprovida
Da máscara sofrida deste submundo.
O homem na melancolia e na agonia
No mundo paralelo o duplo insano
No beijo a biologia do desejo ufano.
O mortal expande a grande tirania
Um Hegel paranóico e um Jung sozinho
Na incerta prova de amor o caminho.