A Passeata
Distante, profundo na minha lembrança
Um rosto esquecido de uma criança.
Era uma marquesa esquecida
De ramos de rosas oferecida.
Eis que ela voltou sua atenção
E um rosto fino se mostrou
Para alguma coisa sem emoção,
Uma passeata sem graça se revelou.
Perdidos os olhos se fixaram,
Na Rua Quinze a passeata de aniversario
Da cidade crianças atrapalhadas tropeçam
E caiam como baralho de cartas no asfalto.
Descontente, ela reclamou com pudor.
Jogou o saquinho de pipoca na multidão em baixo.
A passeata de aniversario para ela sem rancor.
E do alto insatisfeita berrava: “Lixo, lixo!”