Soneto n.192
TU
Meu coração vem dar testemunho
do que, nele, é intenso, profundo;
o que (para ele) resume o mundo
no belo pavilhão que eu empunho.
Tu és a noite mais fria de junho,
um livro bom onde eu me afundo,
a nebulosa em que me confundo
e cada rabisco do meu rascunho.
És a última tragada do meu fumo,
a fruta madura em seu doce sumo.
És a rima...o compasso e o conteúdo.
Ah! Tu és o cerne do meu infortúnio,
um perigo, feito a lua em plenilúnio,
e esta réstia de luz, que é meu tudo!
Silvia Regina Costa Lima
21 de março de 2011
TU
Meu coração vem dar testemunho
do que, nele, é intenso, profundo;
o que (para ele) resume o mundo
no belo pavilhão que eu empunho.
Tu és a noite mais fria de junho,
um livro bom onde eu me afundo,
a nebulosa em que me confundo
e cada rabisco do meu rascunho.
És a última tragada do meu fumo,
a fruta madura em seu doce sumo.
És a rima...o compasso e o conteúdo.
Ah! Tu és o cerne do meu infortúnio,
um perigo, feito a lua em plenilúnio,
e esta réstia de luz, que é meu tudo!
Silvia Regina Costa Lima
21 de março de 2011