Descaminhos

Dilacerando as entranhas dos teus sentimentos

Escrevo-te as derradeiras palavras de alforria

Estás enfim livre de todo e qualquer sofrimento

Que meu desonroso amor lhe trazia...

Podes cantarolar tua liberdade aos quatro ventos

No desenrolar febril dos teus ríspidos sentimentos

Ante a lua cheia, abarrotar-se na embriaguês profana

Dos beijos entre os braços amigos de quem realmente amas

Enquanto esbravejo um grito ogro, roto e rouco

Salivando nos dentes ante o futuro esquálido e porco

Que atirou-me à esta masmorra fedorenta!

Agüenta, e raspa as unhas nas paredes mofentas

E estes destinos duplicando as forquilhas e sendas

Diante dos descaminhos sugeridos pela ingratidão...

Alex Fernando
Enviado por Alex Fernando em 26/03/2011
Código do texto: T2872244
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