Renascença

Recortei algumas lembranças da minha infância

Que já não colam no meu calado presente

Presenteio o meu passado com tais restos de ânsias

Sepultando-os nas páginas desse pretérito incoerente

Feito dragões protagonistas de um gélido sonho

Talvez pesadelo, ou meros devaneios transcendentes

Mas o fato é que tudo mentiu para os meus olhos

Denominando como falhas os infalíveis salvos salientes

Olhando a lua nova, nessa velha cena que se renova

Como lustras tua velha cômoda ao óleo de peroba

Resgatando aquele esquecido brilho ao qual tinhas

Troco de pele como a serpente destra e precisa

E deixo-a no bosque, certamente e devidamente esquecida

Para reascender o brando fogo da minha vida!

Alex Fernando
Enviado por Alex Fernando em 26/03/2011
Código do texto: T2872192
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