EU-UNO
Singular matéria do Universo,
Sem outra a confrontar minha presença,
Assim por força desta consistência,
A todo movimento adverso.
Qualquer direção é, sendo nenhuma.
Onde estou é tudo (e é tão triste!).
Ocupo tudo; eu sou o que existe,
E sem poder ir a parte alguma.
Auto-me admito a partir da Fé.
Fora de mim... tudo o que não é.
Sou o fruto insano da imaginação.
Tento ser “eus”, fazer-me ausente.
Cada parte de mim: um ser demente.
Me biparto, me desmembro...em vão!