ESPELHO

Quando n`água, por brinquedo,

Meus movimentos eu via,

Acenava o braço esquerdo

Lá o direito atendia.

Divertia-me o folguedo;

Infantilmente eu ria,

Vendo naquele arremedo

Um motivo de folia.

Interrompendo a folgança,

Acudiu-me à lembrança

Que gente, de caráter vário,

Tem na fala um argumento,

Mas o seu procedimento

Reflete sempre o contrário.

Gerson Silvestre
Enviado por Gerson Silvestre em 26/03/2011
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