EM PLENITUDE* [CCLXXVII]
Quando me for d’aquém lá para além da vida,
a cor dos teus amores vai seguir-me às ventas;
então, já com narinas sempre muito atentas,
hei de reaver-te os cantos da estação florida.
De alma arejada, nunca vais estar sentida:
jamais, por mim, terás reveses ou tormentas,
pois que, na ida, afeito com saudades lentas,
lembrar-te-ei, sorrindo, à hora da partida.
Da estrada do Universo, até o azul de cima,
eu vou cantar não nênias, mas canções hilárias
com que, normal, no orbe, meu amor te mima.
E nós, já dos mundanos seres tão distantes,
em plenitude, livres dos humanos párias,
a sós, enfim, perenes, numa paz de amantes.
Fort., 25/03/2011.
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(*) Soneto em versos dodecassílabos.
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Agradecido pela ótima e carinhosa interação,
em acróstico, da poetisa ANGÉLICA GOUVEA.
Um abraço, beijos, querida mestra, GS.
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25/03/2011 21:35 - ANGELICA GOUVEA
EM PLENITUDES
G arimpaste no rigores
O nde pôde mostrar teu valores
M anuseando as sílabas contidas
E em cada uma delas, uma emoção sentida
S erviu com uma aula para dar uma nova partida.
COM CARINHO E SAUDADEANGELICA GOUVEA
Para o texto: EM PLENITUDE* [CCLXXVII]
(T2870602)