IMAGEM MATERNA
Mãe, eu nunca soube como foi, de onde vim.
Neste abandono, quanto sofro a ausência tua.
Virá um dia em que o sofrer meu terá fim,
Quando o teu passo te trouxer a esta rua.
Esta singela flor colhida no jardim
Ali da praça onde adormeço sob a lua,
Quero entregar a ti na data que é tua.
Ah! Como espero que tu voltes para mim!
Nunca te vi, mas não será isso empecilho,
Uma razão para não falarmos “mãe” e “filho”:
Tu me acharás em meio aos trapos e esta rosa.
Eu te procuro com um sentimento apenas,
Mas tão sublime que, no meio de centenas,
Te apontarei, pois sei que és a mais formosa.