IMAGEM MATERNA

Mãe, eu nunca soube como foi, de onde vim.

Neste abandono, quanto sofro a ausência tua.

Virá um dia em que o sofrer meu terá fim,

Quando o teu passo te trouxer a esta rua.

Esta singela flor colhida no jardim

Ali da praça onde adormeço sob a lua,

Quero entregar a ti na data que é tua.

Ah! Como espero que tu voltes para mim!

Nunca te vi, mas não será isso empecilho,

Uma razão para não falarmos “mãe” e “filho”:

Tu me acharás em meio aos trapos e esta rosa.

Eu te procuro com um sentimento apenas,

Mas tão sublime que, no meio de centenas,

Te apontarei, pois sei que és a mais formosa.

Gerson Silvestre
Enviado por Gerson Silvestre em 25/03/2011
Reeditado em 25/03/2011
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