DE AFLIÇÕES

De aflições, a vida nos cumula,

A provocar intensa inquietude;

Se me atormenta aquilo que não pude

Realizar o sonho que me azula

Dias nublados, desses que, amiúde,

Sem que se saiba, ao certo, como mude

Essa tristeza, incômoda e rude,

Tingem de cinza a tudo que se alude

E vê-se, então, no dia que amanhece,

O manto escuro da melancolia

Turvar a luz do sol, sem que se possa

Tomar nas mãos a placidez só nossa

E contemplar o céu com alegria,

Agradecendo o dom da vida, em prece.

Interação ao magistral soneto "Aflição", da amiga e exímia poetisa Milla Pereira.

Obrigado aos amigos que me presenteiam com interações.

SOMBRA ESCURA (Rondel)

Aflição que me acomete todo dia,

uma dor que se instala no meu peito,

uma espécie... uma espécie de agonia,

que me toma e nem sei com que direito.

Despedí-la, já tentei, mas não tem jeito,

ela insiste em ficar à revelia.

Aflição que me acomete todo dia,

uma dor que se instala no meu peito.

Essa sombra que escurece a alegria,

se instalou sem cerimônia no meu leito,

só me trouxe tristeza, melancolia...

Eu protesto, não a quero, não aceito.

Aflição que me acomete todo dia.

(HLuna)

AFLIÇÃO

Aflição doída, inquieta ansiedade/

Tristeza que não tem fim

Grita bem alto em todo coração!

A alma sem o riso, sem o cantar

É a angústia da eterna saudade

Que deixa o homem triste assim!

Essa aflição que esmaga o peito sem vontade de acordar/

É a ausência da partícula metade que foi morar noutro lugar!

(Marllene Borges Braga)

Nessa aflição que perdura

Já nem sei mais o que faço,

e quero me esquecer da ternura

Que me encantou os teus abraços.

(Mada Cosenza)

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 25/03/2011
Reeditado em 25/03/2011
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