Soneto de um Rastro de Paz

azul de gatos ao alto da rua

e dois sóis que águiam como passado

não ser o que tenho aqui do meu lado

vento-concerto de Bach à hora tua...

somente tua face sempre tão lua

vasto guará te sorriso em cansado

por que é que Bach não compôs o meu fado

sobre um jardim de floresta não-nua?

céu que não é mas que nunca me esqueço

do denso das tardes sempre fitando

dia de flores de um beijo ao avesso...

violino de sono e incenso-acalanto

te trago em tragédia de onde me desço

rastro de paz se tristando em meu canto...

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Alessandro Reiffer
Enviado por Alessandro Reiffer em 25/03/2011
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