Soneto de um Rastro de Paz
azul de gatos ao alto da rua
e dois sóis que águiam como passado
não ser o que tenho aqui do meu lado
vento-concerto de Bach à hora tua...
somente tua face sempre tão lua
vasto guará te sorriso em cansado
por que é que Bach não compôs o meu fado
sobre um jardim de floresta não-nua?
céu que não é mas que nunca me esqueço
do denso das tardes sempre fitando
dia de flores de um beijo ao avesso...
violino de sono e incenso-acalanto
te trago em tragédia de onde me desço
rastro de paz se tristando em meu canto...
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