Último Vôo
São paralelas tuas linhas de pensamento
Por momentos bravos tormentos internos
Invernos horrendos do teu nebuloso jardim
Ai de mim se assim não lhe colher os jasmins
Viajaste por mil galáxias incoerentes
Por tuas nefastas gastas intenções ditas inocentes
Retraças-te, rebuscas-te, oriundas as tuas metas
Gritando palavras errôneas pela boca dos falsos profetas!
Ainda que turbulenta rodopies pelas resguardas do teu desamor
Em queda quase livre rasante fatal feito um ferido e agônico condor
Não assumes por fim que amaste quem o coração rejeita...
Espatifando nas pedras do teu próprio coração termina em teu peito
O sonho azul de densas brumas de paz em teu alvejado e límpido leito
Derramando o sangue do passado no teu futuro inquestionável!