ALMAS DAS FLORES...
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Deixa-me, pois, dormir profundamente,
Esquecido de tudo, no abandono,
Do teu amor tão morto, tão ausente....
Ah, deixa-me morrer no eterno sono!...
Valem-me, pois as horas ermas, idas?
São bolhas de sabão cheias de vento,
Que levitam no nada, pelo tempo,
E explodem no ar das nossas vidas!...
Deixa-me na letargia d’outono;
No langor destas folhas despendidas,
Caminhando nas ruas, tão tristonho....
Ah, estarei nas nuvens, meus abonos,
Junto às almas das flores, fenecidas,
Que ofertei a ti, em cada sonho!...
Aarão Filho
São Luís-Ma, 23/03/2011