NÃO SE FOGE DO AMOR...

***************************************************

Adormeci nos cálidos vesperais,

À sombra das palmeiras, pelos ventos,

Soprados no abandono aos vendavais,

A espalhar as folhas ao relento...

À tarde, deslumbrante, já morria,

Entre as nuvens azuis e encarnadas,

Deixando pelo céu a nostalgia;

Uma via à noite, uma estrada...

E, assim, desce o tempo, vai morrendo,

Entre as horas passadas, vai vivendo,

De morrer... É eterno, pois, seu norte!...

Eu sei que esta vida vou perdendo,

E não posso fugir, estou sabendo;

Não se foge do amor, ah, nem da morte!!!...

Aarão Filho

São Luís-Ma, 22 de Março de 2011

Aarão Filho
Enviado por Aarão Filho em 22/03/2011
Reeditado em 22/03/2011
Código do texto: T2864599
Classificação de conteúdo: seguro