NÃO SE FOGE DO AMOR...
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Adormeci nos cálidos vesperais,
À sombra das palmeiras, pelos ventos,
Soprados no abandono aos vendavais,
A espalhar as folhas ao relento...
À tarde, deslumbrante, já morria,
Entre as nuvens azuis e encarnadas,
Deixando pelo céu a nostalgia;
Uma via à noite, uma estrada...
E, assim, desce o tempo, vai morrendo,
Entre as horas passadas, vai vivendo,
De morrer... É eterno, pois, seu norte!...
Eu sei que esta vida vou perdendo,
E não posso fugir, estou sabendo;
Não se foge do amor, ah, nem da morte!!!...
Aarão Filho
São Luís-Ma, 22 de Março de 2011