Progênito
Não seja em mim tão somente amor.
Seja assim: Paixão que me guia e sente.
Ao coração me tenha simplesmente
Como desejo, sem que te seja em dor...
Não me ames em seu todo esplendor,
Seja-me branda! Mas, leal eternamente
Quanto à cobiça, que nos é unicamente
A combustão, de todo intenso fulgor...
Seja em mim a devassidão e a bondade,
De anseios, sem que no peito chore
A tua falta, por orgias, nem de saudade.
Independente de amor que se demore,
Em vão, sem ardor, não há verdade
Por todo sempre amor que não morre!
(Poeta Dolandmay)