Progênito

 

Não seja em mim tão somente amor.

Seja assim: Paixão que me guia e sente.

Ao coração me tenha simplesmente

Como desejo, sem que te seja em dor...

 

Não me ames em seu todo esplendor,

Seja-me branda! Mas, leal eternamente

Quanto à cobiça, que nos é unicamente

A combustão, de todo intenso fulgor...

 

Seja em mim a devassidão e a bondade,

De anseios, sem que no peito chore

A tua falta, por orgias, nem de saudade.

 

Independente de amor que se demore,

Em vão, sem ardor, não há verdade

Por todo sempre amor que não morre!

 

(Poeta Dolandmay)

Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 22/03/2011
Código do texto: T2864086
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