Ao eleito

Não chore mais que o amor que haveis rezado

Longe dos antros, fora das coxias

Jamais será no tempo dizimado

Pois a maior de minhas alegrias.

Seque estas lágrimas, choro tresloucado

Que te sacio a fome e agonia

Que o meu nome eu veja sussurrado

Entre os prazeres teus, em fantasia.

E assim quando mais tarde sem queixumes

Grudado em minha derme a tua boca

Tu possas balbuciar real encanto

Enquanto a te cobrir meu corpo em manto

E o céu da terra já não mais divises

Tu gozes, peças bis, reprises...

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 22/03/2011
Reeditado em 27/03/2011
Código do texto: T2862927