MATIZES
Tumbas fundas, mudas, destroços açoitados
Mortos rostos, braços e traços enterrados
Arrancados do peito-coração da terra
Caçadas clãs, decapitadas como fera.
Sob ferro, fogo, facões, flores desfolhadas
Raízes e crenças em sangue mergulhadas
Ressequidas réstias, vãs! Cúpula covarde,
Selvagem ceifa, mata e restos reparte
Senzalas e favelas... vida soterrada
Abafa! Bafo! Pobre Poder inumano
Insano! Corpo profano, almas febris
Afã, irmã, ânsia, mãe-Leoa impregnada
Ousada, viva,vazou véus,céus, oceano
Cor negra, aura, alma de tantos brasis.