Surreal

Durmo e acordo pensando com saudade
Na minha infância, na punjança do sertão
Onde nasci, no Cariri do coração
Porém me assusta a triste realidade

Que vejo agora pelas ruas da cidade
A violência assaltando a sociedade
Já não se sabe de onde vem tanta agressão
A resultante é o descalabro da nação

E teço sempre abstrações, a ermo
Sobre o alheamento do governo
Imagem mental subjetiva, irreal

Da realidade concreta, surreal
E me pergunto o que será do porvir
Dos nossos filhos e netos que hão de vir?