Soneto de Amor Verdadeiro
Belo é o céu estrelado e o brilho da Lua;
Saibas que vivo contemplando-a,
Esboçando em simples folhas, tua;
Beleza magnífica de uma sinhá.
Faço-lhe vestida, pura ou nua;
Relembrando-me às vezes em que já,
Beijei teus lindos pés, amua;
Outrora que passaras tão bela como está.
Ainda persevera o que sentes por mim?
A gota do meu rosto escorre veemente,
Dias vem, vão, chega-se ao fim.
Mas tu continuas tão resplandecente.
Que a leveza de teus braços ausente;
Fazes-me, querer-te tão bem assim.