Noite!
Na noite muda as lembranças surgem como magia
Assim como o orvalho que cai molhando a solitária flor
Os versos caem na alma induzindo a uma falsa alegoria
Sonhando que ainda guarda meus poemas de amor...
Na noite silenciosa ouço da saudade o gemido
Desejosa em sentir o acariciar dos toques perdidos
Meu coração não se conforma em havê-lo deixado
E no aconchego de outra se encontra acalentado...
Por que é tão lenta essa noite que envolve a alma?
Acolhedora como um ninho que o pássaro recolhe
Brinda só com taça de ouro que a lagrima colhe...
A recordação se refugia no alvorecer entorpecido
Ansiosa espera para compor poemas atenuados
As rimas somem, na silente noite dos versos inacabados...
Luzia Ditzz
Campinas, 19 de março de 2011