A FÚRIA DAS ÁGUAS
Quantos mortos nos teus livros se nos deixou
Quantos mortos no teu eu
Pra muitos o apocalipse já chegou
Pra outros este eclipse arrefeceu
Mortos em avalanches águas em guerra
Viram sopinhas de letras triste enojo
Ah! Que dor sentida este ébrio enjôo
Todos vomitados pela ressaca da terra
Tudo alaga tudo verte
São as vestes de lama
Triste sina nem pra ser um teste
Nem pra ser um pesadelo na cama
Diante de nossos olhos acostumados
Com a morte corriqueira e infeliz de tantos irmãos
Vemos como agouras, coisas piores de tantos desarmados
Triste sina morrer assim mexido neste caldeirão.