À AMADA
Quando a ouço ornando suas frases
d’amor com seu sorriso, armadilha,
cedo como os artigos às crases,
um náufrago ao encanto da ilha.
Seus pés caminhando em minha face,
Artelhos róseos tocando meus lábios,
Joaninhas em folhas de alface,
Duendes silentes em meus alfarrábios.
Dá-me suas taças, olhos fechados,
há encanto no fôlego em ânsias,
desassossego, a paz se assusta.
Perdidos, fundidos, desesperados,
agarrados às nossas protuberâncias,
amor imenso. A vida, tão curta...