Soneto de Desespero

Via-me, entre vales e montanhas perigosas.

Enfrentando o frio e o medo da escuridão;

Quase louco e impaciente com aquela solidão...

O suor tornava as feridas mais ardorosas.

Debaixo do desatino de noites tempestuosas;

Ficava mais fraco o pulsar do coração...

Inerte, eu sabia que era ti, a minha apreensão;

Pois a cura virá de suas mãos deleitosas.

Minutos de silêncio, são minutos de pavor...

Esperando o porvir da sua sinceridade.

O gozo está entre o meu e o seu valor.

Na minh’alma, flui agora uma imensa vontade;

Quando sozinho, eu delirava de amor...

Sei qu’é serôdio, mas confio na felicidade.

Danilo Figueiredo
Enviado por Danilo Figueiredo em 18/03/2011
Reeditado em 18/03/2011
Código do texto: T2855670
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.