Soneto de Desespero
Via-me, entre vales e montanhas perigosas.
Enfrentando o frio e o medo da escuridão;
Quase louco e impaciente com aquela solidão...
O suor tornava as feridas mais ardorosas.
Debaixo do desatino de noites tempestuosas;
Ficava mais fraco o pulsar do coração...
Inerte, eu sabia que era ti, a minha apreensão;
Pois a cura virá de suas mãos deleitosas.
Minutos de silêncio, são minutos de pavor...
Esperando o porvir da sua sinceridade.
O gozo está entre o meu e o seu valor.
Na minh’alma, flui agora uma imensa vontade;
Quando sozinho, eu delirava de amor...
Sei qu’é serôdio, mas confio na felicidade.