DANÇA

Flutua, dança, rodopia, meu amor,

incita o teu poeta, o teu vivaz amado,

bem mansamente, vem, meneia o teu calor

aos olhos do homem teu, sedento, inebriado.

Nesses passos perfeitos, desenhas prazeres

com os quais tu me envolves, vazão dos ardores

que me exalam dos poros e endoidam pensares.

Aos saltos leves, tu me beijas com dulçor,

em teu encanto, eu valso livre, sou alado,

sou só libido a levitar com tua flor...

E o meu desejo a te adorar, arrebatado...

No bailado a anular os insanos saberes,

coladinho ao teu corpo, a sugar teus sabores,

eu me lanço contigo, a girar pelos ares!

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 18/03/2011
Reeditado em 18/03/2011
Código do texto: T2855073
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