O SONHO DERRADEIRO POVOA AS ASAS DO MENINO

O sonho derradeiro povoa as asas do menino

Que voa sobre o despenhadeiro;

Sobre o menino o céu a proteger de braços

Abertos sua entrada triunfal, eternal, derradeira.

Nas pedras um sonho vivo levado pelo vento

Sob o testemunho de pedras, aves e água

Água viva que canta seu canto triste e distante

Como a beber nos peitos doces da mãe.

Em quente fulgor plana invisível o sonho

Grudado no corpo inerte que tange ao infinito

O condutor das ardentes horas de fluir

E canta, um som suave de um dia invernoso

Sem água, cálida hora de se debruçar sobre...

A rocha e sentir Deus, um dedo de fé no horizonte.

INALDO TENÓRIO DE MOURA CAVALCANTI
Enviado por INALDO TENÓRIO DE MOURA CAVALCANTI em 18/03/2011
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