Lembra-te, homem...
Com suas torres rumo ao céu – Que portentosa!
Era a mais bela e altaneira catedral.
Grandes altares com imagens valiosas,
Grossas colunas, estrutura colossal.
E num instante a terra firme e tão segura,
Que consistente sustentava a construção,
Sacode o dorso, desfazendo a arquitetura
Daquela igreja, e tudo nela vem ao chão.
Geme e lamenta aquele povo ante os danos
Do terremoto, mas, de pé, resta uma cruz,
Como a dizer - em meio ao caos – “Homens insanos,
Pobre daquele que à Verdade os olhos cerra.
Serão perenes vossos bens, disse Jesus,
Se os guardais no coração, não sobre a terra”.