RIOS DE SAUDADES

RIOS DE SAUDADES

Rios de saudade retidas no peito

marejam lágrimas no coração.

Meu peito já não respira razão;

meus olhos choram sorrisos/trejeito.

Viver de ausências é estar sem paixão

como o riacho que corre entre seixos.

Maldade - ausência presente – desleixos;

é estar só no alude da multidão.

Biscates de afeto é muita tortura

estocam a derme e ferem com dor

... se o toque na pele almeja ternura.

Corpos se privam de luz e calor

quando pranteiam ausentes meiguras;

carinho ausente é carência de amor.

Afonso Martini

170311

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 17/03/2011
Reeditado em 21/04/2011
Código do texto: T2853376
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