Soneto pra o motivo de meu pranto.
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A lágrima que cai, lava minha alma
E de maneira boa tem sentimento!
Cai sem ser triste, tem contentamento,
Abranda-me o agir e me acalma!
E tanto é verdade que eu invento
Motivos pra chorar e bato palma.
Enternecido jorra sem ter trauma,
Meu pranto, sempre no melhor momento!
Ene motivos são sempre razões,
Fico imerso nas minhas ilusões
E logo infla e cresce o meu astral;
Do aqüífero, lágrimas são expulsas,
Centenas de partículas avulsas,
Borbulham de maneira orquestral!
Zé Salvador.