VESTE-SE DE MIM A SOLIDÃO

Em cada madrugada vestem-se de solidão

Versos saídos do meu peito, com emoção

Sai da minha alma, o poema, e dói tanto

Quando fala da minha dor e do meu pranto.

Fala dos meus medos, dos meus segredos,

Ausências, sonhos, silêncios, íntimos desejos,

Fala da chama do amor que ardeu em mim,

Do amor que, sem eu saber, chegou ao fim.

É na madrugada que me assalta, o fantasma

Dessa solidão que comigo dorme neste leito

Como é cruel! Me incendeia com sua chama!

É na madrugada que me envolve a escuridão,

Cruelmente, sua espada crava no meu peito

E, na sua sombra, de mim se veste a solidão!

(16/03/2011)

Ana Flor do Lácio
Enviado por Ana Flor do Lácio em 16/03/2011
Reeditado em 16/03/2011
Código do texto: T2852359
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