VESTE-SE DE MIM A SOLIDÃO
Em cada madrugada vestem-se de solidão
Versos saídos do meu peito, com emoção
Sai da minha alma, o poema, e dói tanto
Quando fala da minha dor e do meu pranto.
Fala dos meus medos, dos meus segredos,
Ausências, sonhos, silêncios, íntimos desejos,
Fala da chama do amor que ardeu em mim,
Do amor que, sem eu saber, chegou ao fim.
É na madrugada que me assalta, o fantasma
Dessa solidão que comigo dorme neste leito
Como é cruel! Me incendeia com sua chama!
É na madrugada que me envolve a escuridão,
Cruelmente, sua espada crava no meu peito
E, na sua sombra, de mim se veste a solidão!
(16/03/2011)