SONETO
Entre o nevoeiro escuro da saudade
Vi, fugir-me a última e inocente esp’rança
No forte reflexo da realidade...
Como um bólido no ar que não se alcança.
Que fazer? Nossa vida é dualidade...
O coração um dia faz aliança
Com o amor, a graça e a felicidade
E alegre cantarola qual criança!
Em outros dias fica preterido
Sem alguém pra lhe consolar gemido
Cai nas sarjetas mesmo sem querer...
Mas, a vida ainda não acabou...
Faz o balanço do que lhe restou
E, por castigo, terá que viver!
Salé, 14/03/11, às 23h 30min Lucas