*** nossa poesia ***

Amigos recantoistas, confesso que, como autodidata,

sou um eterno aprendiz de tudo. Proponho-lhes que,

nos meus textos, os comentários havidos sejam real-

mente críticos e não singelas bajulações. Quero

aprender com vocês, por isso adoraria que me

apontassem as falhas, em vez de levantar-me

somente ao ápice da glória. Que o comentário seja justo.

Quando eu acertar, lógico, fico feliz com o

reconhecimento do meu tfrabalho.

O sonete a seguir, é nesse sentido: sou um aprendiz...

*** nossa poesia *** (crítica)

Nos dias de hoje a frágil poesia

faz círculos em linha reta a pé e descalça,

que o leitor “bondoso” em comentário exalça,

tornou-se prosa em versos, simplória e vazia.

Não vinga o poema que faz vezes de balsa,

que sobre a água do rio vai e vem; leda esquia;

se na arte a verve desliza leve e macia

qual pluma ao sopro da brisa dança uma valsa.

Burila inépcias a crítica construtiva

fazendo ver na criação a falha viva

que o sóbrio poeta, austero e lúcido, acolhe.

A poesia é um dulcíssimo enigma e assim,

terá na estrutura, começo, meio e fim.

quem cria arte sem alma, em si mesmo se encolhe.

Afonso Martini

110311

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 14/03/2011
Reeditado em 14/03/2011
Código do texto: T2847366
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