ROUPA INTERIOR

Um céu indiferente, mas sublime
Iluminava as cores como odor
Soavam pétalas em tons pastéis
Idéia dessas horas de desejo

Das garras de um verso que se rime
Desenvolve-se o eco desta cor
Convocam olhares, julgam-nos revéis
Mas é o que quero e peço ao lugarejo

Ele encravado em ti minha paixão
Teu corpo que minh’alma dilacera
Também é fome e soa como unção

Na flama do desejo quem me dera
Morasse se pudesse a sedução
Abreviasse a vida a minha espera
Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 07/11/2006
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