Neste dia.
Neste dia amanhecido. Nesta colina sem beira. Eu choro.
Eu clamo. Eu oro. Eu lamento. E creio.
Nesta devassidão santa, que odeio, cheia de inglórias. Eu temo.
Neste momento solene...íngreme...tenho asco.
Neste dia, ressurgido, dos escombros tão paridos. Eu leio.
Eu faço que a roda da mente, represe, o dia.
Neste amassado manto, que envolve-me. Sinto frio.
Neste último pedaço, onde não há vento e fogo.Desfaleço.
Valer a pena, viver, nesse passo, sem cadência, sem pasto.
Neste dia resumido a dor. Eu rosno.
Eu assombro o dia. Eu carrego, e não enxergo saída.
O mundo lá fora nem amarelo está. Ele é cinza, e esnobe.
O tsunami não assusta o corrupto. Eu choro.
A fruta está podre. O imperador é nobre. Eu vomito.