Eu, poeta
(Soneto n.189)
*
Eu, estrela de perdida nebulosa
e, aos pés do mar, arremessada,
sou uma pequena e serena rosa
que somente deseja ser amada.
*
Eu, poeta de mil versos e prosa
reunidos em guirlanda coroada,
sou a alma que o Amor esposa
sempre sensível ... e encantada.
*
Hoje venho libertar as borboletas
e derramar os potes de purpurina,
meio azuis... amarelos ... violetas.
*
Escrevo muitas palavras no papel,
posto ser essa minha eterna sina,
depois rimo com tintas e com mel.
Silvia Regina Costa Lima
15 de setembro de 2010