CARRUAGEM CELESTE...
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Em uma carruagem tão celeste
Partirei s’eu morrer, sim, nos teus braços...
deixarei a minh’alma pelos laços
Das nuvens pelo céu, vagas, ciprestes...
A ti, hei de voltar nas gotas d’águas,
Banhando tua beleza saudosa...
Ah, mas, hei de regar-te, minha rosa,
Até o fim de tudo, destas mágoas,...
...Ofertas desta vida, qual um corte,
Quando, à nós, arrasta pela morte,
E apaga o nosso nome com o vento...
Estarei numa estrela, bem ao norte,
Ou no mar, pelas ondas que m’aporte,
Trazendo-te, silente, meu alento!...
Arão Filho.
São Luís-Ma, 13 de Março de 2011