DILEMA

De que valem os versos que componho

Nesses dias de náusea e de preguiça?

De que vale passar o tempo em sonho?

Todo poeta a vida desperdiça...

Nessas estâncias minha essência ponho,

A inspiração, em mim, seu fogo atiça,

Faz meu viver ficar mais enfadonho

À medida que meus anseios iça,

Mas há limites, e a poesia morre

Antes de os conhecer... Inútil arte...

Nenhum desses poemas me socorre,

Nem me deixa orgulhoso tê-los feito...

Eu escrevo o universo, parte a parte,

Mas isso tudo é só meu vão conceito...

Maurilo Rezende
Enviado por Maurilo Rezende em 13/03/2011
Código do texto: T2844819
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