Labaredas
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Eu desnudo com alma, corpo e mente,
Deixo subir um fogo em lumaréu
Que leva a minha essência junto ao céu;
Sou quixotesco, mas não inocente!
...E minha Dulcinéia não me faz réu,
Eu peregrino de figura ardente;
Sou todo fogo, tenho o sangue quente;
Voluntário, lhe dou meu fogaréu!
Intimamente solto minhas feras...
Meus fantasmas, assim os afugento,
Moinhos – gigantes – sem elmo os, enfrento!
Nesse agir, tenho arroubos sou audácia;
Surge em mim juventude, sem falácia;
Destarte, compro e vendo as quimeras!
Zé Salvador.