Azar
Pode me chamar de monstro, eu sei,
Todos me temem, sou bicho fora da lei
Tenho dentes afiados e hálito de morte
Ainda cedo, fui dado as costas pela sorte
Um nome sequer preciso ter
Por que chamar se não quer me ver?
Fui fadado à miséria e à escória
Dor e inveja tornam minha vida satisfatória
Alimento-me da culpa
Da sua culpa
Da de todos vocês
Visto-me do medo
Do seu medo
Do te todos vocês