Soneto n.188
AMOR ARDENTE
E não é serena esta lembrança
visto ser devido a ela, desconfio,
que tanta paixão vem e alcança
um tempo em que não mais rio.
Tal memória pede-me a mudança
do caminho em que, cega, me guio
ainda crendo na (falsa) esperança
tecida dia a dia... bordada fio a fio.
Ah! Amor ardente deu-me o Fado
mas, se não bastasse o mau enredo,
deu-me a dor de querer em segredo.
Pois tudo o que eu hei mais desejado
é assim negado (para mim é proibido)
e num olhar castanho jaz adormecido!
Silvia Regina Costa Lima
9 de março de 2011
AMOR ARDENTE
E não é serena esta lembrança
visto ser devido a ela, desconfio,
que tanta paixão vem e alcança
um tempo em que não mais rio.
Tal memória pede-me a mudança
do caminho em que, cega, me guio
ainda crendo na (falsa) esperança
tecida dia a dia... bordada fio a fio.
Ah! Amor ardente deu-me o Fado
mas, se não bastasse o mau enredo,
deu-me a dor de querer em segredo.
Pois tudo o que eu hei mais desejado
é assim negado (para mim é proibido)
e num olhar castanho jaz adormecido!
Silvia Regina Costa Lima
9 de março de 2011